LEITURA DELEITE: As lágrimas de Potira
- parceriapedagogica
- há 6 dias
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Atualizado: há 5 dias

“Lendas são narrativas transmitidas oralmente com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a história e a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação do povo.”
AS LÁGRIMAS DE POTIRA (*)
(*) Potira: Significa “flor”.
Tem origem no nome vindo do tupi Potyra, a partir de po’türa, que quer dizer literalmente “flor”.
Há muito tempo, vivia à beira de um rio uma tribo de índios. Dela fazia parte um casal muito feliz: Itagibá e Potira. Itagibá, que significa braço forte era um guerreiro robusto e destemido. Potira, cujo nome quer dizer flor era uma índia jovem e formosa. Vivia o casal tranquilo e feliz, quando rebentou uma guerra contra uma tribo vizinha. Itagibá teve de partir para a luta.
E foi com profundo pesar que se despediu da esposa querida e acompanhou os outros guerreiros.
Potira não derramou uma só lágrima, mas seguiu, com os olhos cheios de tristeza, a canoa que conduzia o esposo, até que a mesma desapareceu na curva do rio.
Passaram-se muitos dias sem que Itagibá voltasse à taba. Todas as tardes, a índia esperava à margem do rio, o regresso do esposo amado. Seu coração sangrava de saudade. Mas permanecia serena e confiante, na esperança de que Itagibá voltaria à taba. Finalmente, Potira foi informada de que seu esposo jamais regressaria. Ele havia morrido como um herói, lutando contra o inimigo. Ao ter essa notícia, Potira perdeu a calma que mantivera até então e derramou lágrimas copiosas.
Vencida pelo sofrimento, Potira passou o resto de sua vida à beira do rio, chorando sem cessar. Suas lágrimas puras e brilhantes misturaram-se com as areias brancas do rio. A dor imensa da índia impressionou Tupã, o rei dos deuses. E este, para perpetuar a lembrança do grande amor de Potira, transformou suas lágrimas em diamantes. Daí a razão pela qual os diamantes são encontrados entre cascalhos dos rios e regatos.
Seu brilho e sua pureza recordam as lágrimas de saudade da infeliz Potira.
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